Esta eu queria ver de perto!
A história veio nos jornais europeus e a 'Veja' entrevistou o protagonista. O empresário italiano Enzo Rossi, dono de La Campofilone, que produz pastas e massas, resolveu passar um mês a viver com os mil euros que paga aos seus operários, dando a mesma quantia à sua mulher, que também trabalha na empresa.
Apesar de se terem restringido ao essencial, o dinheiro acabou a 20 - e Rossi percebeu que, "se o dinheiro acabava para mim, também não dava para eles". Vai daí, deu um aumento geral de €200 aos trabalhadores.
O curioso é que o empresário diz que não quer dar lições de ética a ninguém, recusa qualquer ideia de que seja marxista e, com uma frontalidade desarmante, frisa que o aumento que concedeu é a prova de que é "um grandessíssimo egoísta". E porquê? Porque, como explica liminarmente, se o salário é insuficiente, os funcionários vivem sob stresse psicológico, com a angústia de saber se o dinheiro chega ou não ao fim do mês. Isso leva-os a ficar instáveis do ponto de vista emocional "e, consequentemente, trabalharão mal". Ora, como acrescenta, "quero que eles estejam bem, para aumentar os meus lucros". E diz mesmo que a massa que fabrica, um tipo de macarrão finíssimo muito tradicional em Itália, fica melhor e vende mais se o funcionário trabalha feliz.
Bom, mas já teve retorno deste aumento dos custos salariais? Não, mas Rossi diz que isso não vai demorar a acontecer. Nem que seja por os seus funcionários, com mais dinheiro, comprarem no Natal e Ano Novo mais do macarrão que ele fabrica.
Histórias destas valem mais do que muitos livros de gestão. E são tão verdadeiras em Itália como em Portugal - embora, por cá, não se conheça nenhum émulo do sr. Enzo Rossi.
Ah eu adoro contos de fada...
Como mulher que sou, gosto de comer, de moda, de cinema, de música, de literatura,do meu trabalho e da minha casa. Registo aqui tudo o que à minha volta me importa.
sexta-feira, 5 de março de 2010
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